Conhece aquele velho ditado “servimos bem para servir sempre”? Ele pode ser aplicado para a realidade das Travel Techs, empresas que aliam tecnologia e turismo colocando o cliente em primeiro lugar.

Viajar é sempre uma delícia, porém antes de aproveitar tudo de bom que um lugar novo pode oferecer, muitos sofrem com dores de cabeça para planejar sua viagem. É nesse contexto que nasceram as empresas Travel Techs.

As empresas Travel Tech são, normalmente startups, que unem tecnologia com o setor de viagens e turismo. Um exemplo bastante conhecido é a ClickBus, onde você pode comprar sua passagem para viajar de ônibus pela internet, sem precisar pegar filas em rodoviárias.

Um ponto importante que muitos não se atentam — nesse ramo de empresas que une tecnologia e serviços — é que há muitas prestadoras de serviços que atuam no backstage fazendo as Travel Techs serem o que elas são hoje e elas também precisam estar mais conectadas do que nunca. Usando ainda o ClickBus como exemplo, podemos ver que há diversos prestadores de serviço, como a viação Águia Branca, disponíveis no site. Isso proporciona ao cliente maior possibilidade de escolha e personalização nos serviços.

Portanto, podemos entender as Travel Techs como empresas que fazem a ligação entre clientes e prestadoras de serviço no setor de viagem e turismo. Quer saber mais sobre como essas empresas estão revolucionando esse mercado? Continue lendo!

O cenário atual das Travel Techs no Brasil

Segundo a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), atualmente temos 225 empresas atuando no segmento de Travel Techs. A maioria delas foi fundada no último ano e grande parte tem menos de sete meses.

O Brasil é um país que naturalmente atrai turistas por suas belezas naturais e suas ricas culturas. Segundo a consultora Marta Poggi essa demanda certa por turistas fez o setor se acomodar e não pensar em inovações, porém, atualmente os clientes desse setor estão mais exigentes e exigem que as empresas tradicionais se reinventem e novidades surjam para melhorar as experiências de viagem.

Para Marta, a pandemia foi um grande incentivo para as empresas que aliam a tecnologia com o turismo. Muitas pessoas começaram a buscar embarques e compras de passagens mais rápidas, reserva de serviços personalizados e tecnologias que possibilitam melhores condições sanitárias.

Hoje em dia, o Brasil conta com um incentivo governamental para transformar o país, entre os anos de 2021 e 2024, em uma referência em inovação turística. Além disso, a demora na digitalização dos processos nas grandes empresas do setor fez com que o mercado estivesse praticamente aberto para receber as Travel Techs. Estes dois fatores são cruciais para entendermos que o cenário para as Travel Techs é extremamente otimista e estimativas mostram que elas devem movimentar 35 bilhões de reais já em 2022.

O que esperar do futuro

O mundo amplamente digitalizado já é uma realidade da qual não temos como fugir. Satya Nadella, presidente da Microsoft, afirma categoricamente que no futuro todas as empresas serão de tecnologia.

Este cenário faz com que o futuro das Travel Techs, que são empresas nativas digitais e possuem na tecnologia seu principal pilar de negócios, seja mais otimista ainda. Isso, porém, não significa o fim das empresas tradicionais, mas sim que elas devem se adaptar e reinventar para este novo cenário.

O perfil de clientes também mudou e mesmo com o fim da pandemia de Covid-19 o mercado de viagens precisa esperar por clientes que buscam soluções menos burocráticas, mais rápidas, transparentes e personalizadas.
Mesmo com tanto otimismo, as Travel Techs têm um desafio enorme pela frente. O setor de turismo é o mais atingido pela pandemia e, além disso, um grande obstáculo é manter a alta satisfação de clientes totalmente imersos no mundo digital com fornecedores que ainda estão se adaptando a esta nova realidade.