O que foi o movimento Pop Art?
Movimento subversivo marcou a década de 1960. Conheça mais sobre o Pop Art!
Você gosta de levar a arte para dentro de casa? Em quadros, cores, objetos e até móveis, ela deixa a residência mais interessante e com uma decoração mais coerente. Um movimento artístico muito interessante e que marcou a década de 1960 foi o Pop Art. Com cores vivas e referências nos grandes ícones da época, ele pode ser adaptado à decoração da sua residência.
Quer saber mais sobre o assunto? Continue a leitura e conheça mais sobre o Pop Art!
Contexto histórico
Nascido em meados da década de 1950 no Reino Unido, o Pop Art (“arte popular”, em tradução livre) atingiu seu auge nos anos 60, quando migrou para os Estados Unidos. O movimento artístico surgiu em meio a grupos de artistas subversivos, que queriam eliminar as barreiras entre a arte e o comum, o rotineiro, o ordinário. Para isso, fizeram do normal algo extraordinário.
O Pop Art surgiu com a sociedade pós-guerra, que enxergava na indústria uma forma de se reerguer e alcançar sucesso. Os grandes centros europeus e americanos eram a fonte de inspiração desses artistas. Por isso, o movimento reproduz temas relacionados ao consumo, à publicidade e ao american way of life.
Seu nome, aliás, surgiu em 1954, com o crítico de arte britânico Lawrence Alloway. Ele estudava a cultura de massas que começava a se desenvolver na América do Norte.
Características
Uma das marcas das últimas décadas nas mídias é a comunicação de massa. Diferentemente da internet, que oferece produções tanto de público amplo quanto mais segmentado, a maior parte do conteúdo oferecido em jornais impressos, rádio, revistas e televisão é de comunicação de massa.
Quanto mais pessoas assistindo, lendo ou ouvindo, melhor. Por isso, muitas obras de Pop Art representam grandes personalidades da década de 1960, como Marilyn Monroe, ou remetem às histórias em quadrinhos, de grande popularidade na época.
A produção em larga escala também inspirava a Pop Art. Muitas obras não só mostravam produtos comuns da sociedade, mas também os reproduzia incessantemente, remetendo à produção em fábrica. Uma das obras mais famosas, a Campbell’s Soup Cans, de Andy Wahrol, traz justamente esses dois elementos: a sopa Campbell’s, extremamente popular na época, reproduzida 32 vezes em uma tela.
Ao contrário do que parece, essas reproduções não eram uma apologia, mas uma crítica ao consumo em excesso que começava a surgir com a produção em larga escala.
Andy Wahrol
E por falar nele, Wahrol foi provavelmente o nome mais popular da Pop Art. Inicialmente designer, o artista fez sua primeira mostra com desenhos baseados na obra de Truman Capote. Mas sua carreira deu uma guinada quando começou a usar elementos publicitários em suas criações.
Cores vibrantes, produtos populares e reprodução em serigrafia remetem à produção em massa, às propagandas e aos elementos populares da cultura americana. Além de Marilyn Monroe, suas obras reproduziram Pelé, Michael Jackson, Che Guevara, Elizabeth Taylor, Mao Tsé-Tung e Brigitte Bardot.
Roy Lichtenstein
Outro ícone da Pop Art é Roy Lichtenstein. Suas obras reproduziam os clichês das histórias em quadrinhos. Cores brilhantes e primárias, personagens expressivos e até uma simulação de retícula (Pontos Ben-Day) eram utilizados para reproduzir os procedimentos gráficos utilizados nos gibis da época. Por isso, todas as obras de Roy parecem quadrinhos gigantes — alguns com diálogos, outros não.
Como usar
Quem gosta de Pop Art pode começar a aderir a alguns elementos na decoração de casa. Por ser um movimento chamativo, é preciso começar com calma para não se assustar e, principalmente, manter o equilíbrio.
Um dos primeiros passos é começar pelas cores. Inicie pelos tons mais usados nas obras de Lichtenstein: vermelho, amarelo, azul e branco. O ideal é seguir no color blocking, que é forte, chamativo e segue o estilo do movimento. Você pode também buscar por objetos com formatos inusitados e divertidos, outras marcas do Pop Art.
Quadros
Para misturar o Pop Art clássico com o contemporâneo, busque também por figuras populares da atualidade em cores fortes, como nas obras de Warhol. Você pode até mesmo se basear nos tons da obra para decorar o cômodo.
Retrô
Por fim, aposte em objetos antigos e de extrema popularidade, como um telefone fixo de disco, televisores de tubo e rádios.