Investimentos: o que é track record e como analisar?
Existe uma máxima importante no mercado financeiro: “rentabilidade passada não garante rentabilidade futura.” Contudo, é importante saber o histórico de qualquer investimento antes de aplicar seu dinheiro.
Nesse sentido, a ferramenta utilizada para avaliar esse histórico é o track record, termo utilizado para se referir ao histórico de rentabilidade. Este dado é essencial, pois serve para mostrar o quanto um fundo rendeu desde que foi lançado.
Portanto, conheça agora o que é e como funciona o track record nos investimentos.
Histórico de rentabilidade
A expressão track record significa algo como “histórico”, em tradução livre. No mercado financeiro, o track record é muito presente em fundos de investimento. O indicador analisa tanto a performance de fundos quanto o desempenho do gestor.
Por exemplo, imagine um determinado fundo da gestora ABC cujo lançamento ocorreu em 2011. O fundo tem, portanto, dez anos de operação no mercado, ou seja, um track record de dez anos. A rentabilidade obtida pelo fundo durante este período faz parte de seu track record.
Existem várias formas de calcular o track record de um fundo, como a rentabilidade acumulada. Neste caso, o histórico avalia toda a rentabilidade acumulada pelo fundo desde o seu lançamento até a data de realização da pesquisa.
Também é possível fazer o track record por períodos determinados, como mensal, semestral e anual. Essa forma de cálculo permite fazer comparações, mostrando em quais meses ou anos o fundo tende a apresentar desempenho melhor, ou pior.
De modo geral, o track record funciona melhor para a análise de fundos de investimento. O indicador de rentabilidade serve para os mais diversos produtos deste setor, como:
- fundos de investimento em ações;
- fundos multimercados;
- fundos de hedge;
- fundos de renda fixa;
- fundos de investimento imobiliário (FIIs).
Utilizando o track record na análise de fundos
O track record é um dos principais indicadores buscados pelos clientes. Afinal, ele traz informações justamente sobre a rentabilidade do fundo, bem como quanto o investidor pode esperar de desempenho.
Com o track record, um investidor pode analisar o histórico de um fundo e ver como é o seu desempenho. Assim, com dados mais concretos, é possível tomar uma decisão mais eficiente sobre onde investir seu dinheiro.
O track record é um indicador importante, porém não deve ser analisado de forma isolada. Tampouco devem ser comparados track records que não possuem semelhança, como entre fundos de ações e renda fixa, por exemplo.
Por exemplo, um fundo de ações pode apresentar retornos elevados, às vezes até maior do que a média do mercado. Por outro lado, esses fundos trazem um nível de risco muito elevado. Logo, o track record nos fundos de ações pode mostrar meses ou até anos com retorno negativo.
Já os fundos de renda fixa tendem a apresentar um track record mais constante e com menos retornos negativos. Porém, a rentabilidade desses fundos tende a ser menor, visto que são aplicações com perfil de risco menos elevado.
Dessa forma, faz mais sentido que o investidor analise o histórico do fundo com outros indicadores. Por exemplo, o benchmark, um índice que serve de referência para fundos. Alguns exemplos de benchmark são o CDI, utilizado em fundos de renda fixa, e o Ibovespa, utilizado por fundos de ações.
Cabe destacar que os investimentos utilizados no exemplo são para fins de referência e não devem ser vistos como recomendações. O ideal é que o investidor consulte um analista de investimentos antes de tomar sua decisão.
Passado não garante futuro
Apesar de sua importância, cabe lembrar que o track record é um indicador retardatário, ou seja, mostra dados que já ocorreram no passado. E como diz o velho jargão do mercado financeiro: “rentabilidade passada não garante rentabilidade futura.”
Em outras palavras, o track record mostra o quanto o fundo rendeu no passado, mas não no futuro. Por isso que o track record não pode ser utilizado de forma isolada para tomar decisões sobre um investimento.