Benefícios flexíveis são vantajosos também para as empresas
Benefícios flexíveis são vantajosos também para as empresas
Modalidade atende diferentes perfis de colaboradores, retém talentos e funciona como ferramenta de gestão de pessoas.
As empresas brasileiras têm avançado na implantação de programas de benefícios flexíveis, com diferentes alternativas para os trabalhadores. O modelo oferece vantagens para as próprias companhias, pois é uma forma de atender a diversos perfis de funcionários e de obter bom desempenho.
Em busca de atrair e manter os melhores talentos, as empresas passaram a entender a importância de oferecer diferenciais para conquistar e incentivar o trabalhador a desenvolver e a desempenhar seu potencial de forma plena.
Os benefícios flexíveis vêm ganhando espaço desde as alterações propostas na Reforma Trabalhista em 2017, em que foram criados outros valores a serem pagos pela empresa aos seus trabalhadores, sem configuração de salário. Tratam-se de novos pacotes de benefícios, além dos já conhecidos vale-transporte, vale-cultura e aqueles pertencentes ao Programa de Alimentação ao Trabalhador (PAT).
Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT), o PAT permite às empresas deduzirem despesas com alimentação dos trabalhadores do Imposto de Renda. Além disso, é um programa de referência para a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Por não fazer parte da remuneração, os benefícios trabalhistas não são tributados. De acordo com o previsto na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), a ajuda de custo, como o auxílio-alimentação, diárias para viagem, prêmios e abonos são repasses que não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista ou previdenciário.
Vantagens para colaborador e empresa
Com o aumento das opções de benefícios oferecidos pelas empresas, passou a fazer sentido oferecer ao trabalhador a opção de escolher aqueles que mais atendem às suas necessidades específicas. Dessa forma, a prática passa a ser focada na experiência do colaborador.
Com o pacote flexível, o funcionário torna-se no centro da questão, porque ocupa o lugar de tomador da decisão. Para a empresa, essa flexibilidade funciona como uma ferramenta de gestão de pessoas, pois aumenta o índice de satisfação do empregado.
Para o colaborador, além da personalização dos benefícios – uma vez que ele passa a escolher entre uma gama maior de possibilidades –, há uma melhora na experiência de uso do benefício, que se torna mais diversa e atende às particularidades.
Para a empresa, os benefícios flexíveis funcionam ainda como atrativos e retentores de talentos. Esse modelo melhora a imagem da companhia, que passa a ser destino preferencial dos profissionais. Além disso, o modelo traz inovação e acompanha as práticas e políticas de benefícios difundidos em outros países.
A produtividade está diretamente ligada à felicidade e à satisfação dos funcionários. De acordo com uma pesquisa conduzida pelo especialista Andrew Oswald, da Universidade de Warwick (Reino Unido), empregados felizes são 12% mais produtivos. A satisfação elevada, que faz com que o profissional escolha permanecer na empresa e atuar da melhor forma possível, é um dos principais geradores de benefícios para a empresa.
Uso correto dos benefícios
Os benefícios oferecidos por uma empresa, além do salário e dos bônus de remuneração, funcionam com estratégias de motivação. A lista de adendos é diversificada e pode variar de acordo com a política de cada empresa. Os mais comuns são planos de saúde ou odontológicos, ticket alimentação, cartão multi, parcerias com escolas, restaurantes, shoppings e academias.
Vale lembrar que os créditos dos benefícios só podem ser usados para a sua destinação específica. Não é possível, por exemplo, aplicar créditos de vale-alimentação para pagar outros tipos de contas. O benefício flexível significa, portanto, franquear a escolha ao trabalhador.
Com a evolução do mercado sobre o entendimento da gestão de benefícios flexíveis, há uma abertura para que os setores de RH explorem a construção de experiências nas jornadas de seus colaboradores.
Segundo a professora do Departamento de Psicologia da Universidade da Califórnia (EUA), Sonja Lyubomirsky, quando os funcionários estão satisfeitos, há um aumento de 37% nas vendas e três vezes mais criatividade no desempenho dos profissionais. No entanto, caso haja insatisfação no trabalho, o insucesso e a queda de produtividade podem surgir.